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segunda-feira

Jovens e santos



Acredito ainda em nossos dias, muitos pensem que os santos foram pessoas que já nasceram santas, ou que tiveram uma predileção por parte de Deus. Não!
Os santos foram pessoas que em sua condição pecadora e de fragilidade, viram na Graça de Deus, na bondade e até mesmo na sua paciência, o trampolim para a verdadeira liberdade e sentido de vida. Deus não escolhe os especiais, mas mediante a resposta e a abertura de coração destes homens e mulheres, torna-os capazes de brilhar na sociedade pelo seu testemunho e coragem, que com grande amor e vitalidade, abraçam a sua cruz unindo-a com a de Cristo. Os santos são aqueles que resplandecem a santidade de Deus, pois só Ele é santo.
A Igreja nos ensina, por meio da Sagrada Escritura e pela tradição recebida dos apóstolos, que cada um de nós somos chamados a santidade. Não é um simples chamado em que dizemos que vamos pensar em uma resposta, mas é um chamado que provoca toda a nossa existência, um convite que vai ao âmago de nosso ser, que arranca-nos de nosso estado de torpor, preguiça e superficialidade, lançando-nos a profundidade desse amor.
É por meio do batismo que somos incorporados a Cristo, Santo dos santos, e Nele a nossa humanidade caduca e frágil, é divinizada e elevada a um grande grau de dignidade, a condição de filiação divina, ou seja, tornamo-nos filhos de Deus, herdeiros de sua Graça, mas também comprometidos em sermos assim como o Pai-Deus: Santo!
É belo vermos o ritual da missa da Vigília da Páscoa, mãe de todas as vigílias, quando o sacerdote mergulha na pia batismal o círio pascal, mostrando, que Cristo, luz do mundo, fecunda a sua Igreja, ao qual nascerão todos os filhos de Deus, que repletos do Espírito Santo, e guiados por esta mãe e mestra, a Igreja, estarão prontos para incendiar de amor e generosidade este mundo.
Grandes santos de nossa história, foram marcados por bravuras e ações extraordinárias, como São Paulo, São Francisco, Santa Terezinha do Menino Jesus, e muitos outros. Mas no ordinário da vida,alguns nos precederam, sobretudo santos jovens, alguns que nunca estarão em nossos altares, mas pelo seu testemunho e amor a Deus, hoje estão diante deste mesmo Deus intercedendo por cada um de nós.
Alguns jovens, souberam  amar a Deus com todas as suas forças,  consagrando-se de forma simples e cotidiana, mas com grande intensidade. Alguns nomes, para nós brasileiros, são muito poucos conhecidos, como Santa Rosa de Viterbo, que morreu em 1253 com 18 anos incompletos. Esse fato aproxima muito o trabalho de Rosa com a juventude cristã-católica. À medida em que crescia, aumentavam também suas orações. Muitas vezes passava longas horas da noite em contemplação, em estado de ligação constante com Deus.
São Domingo Sávio, Filho de pessoas simples – um ferreiro e uma costureira. Desde pequeno foi dotado “de uma índole doce e de um coração formado para a piedade” e aprendeu com facilidade as orações da manhã e da noite, ao passo que já rezava quando tinha apenas quatro anos.
Santa Inês de Praga, uma linda jovem nascida em Praga, na República Tcheca. Era filha do Rei da Bohemia (atual República Checa) e foi criada e educada pelas freiras Cistercienses. Mesmo quando ainda muito jovem, demonstrava um enorme desejo de se consagrar a Deus e viver intensamente a fé cristã. Por isso, recusou por diversas vezes propostas de rapazes que desejavam casar-se com ela, e estes não eram poucos, pois era uma jovem de destacável beleza. Porém, Inês sempre recusava os pedidos dizendo que o único compromisso que queria ter era com Jesus;
Santa Geanna Beretta Molla, adolescente tornou-se membro da Sociedade São Vicente de Paulo onde, voluntariamente trabalhava com os pobres e os idosos. Gianna via a medicina como um meio de servir a Deus e por isso escolheu essa profissão. Durante o período em que frequentou a universidade, dedicou-se aos seus deveres acadêmicos, mas não deixou de viver a sua fé, bem como de assumir seus deveres de cristã;  
São Gabriel da Virgem Dolorosa, que nasceu na Itália do Século XIX, viveu com o nome de Francisco e foi muito parecido com o Francisco do Século XII. Aliás, foi em homenagem a São Francisco de Assis que o pai – um rico advogado dos Estados Papais – batizou seu filho: Francesco Possenti. Não apenas no nome, mas os Franciscos assemelhavam-se em outros aspectos. Ambos “curtiam a dolce vita”, ou seja, eram jovens galanteadores, sonhadores, elegantes, festeiros e, após uma experiência com o Senhor, mudaram radicalmente sua forma de “curtir a vida”.
Poderíamos relacionar muitos outros santos jovens, que com coragem e auxílio do Espírito Santo, souberam acolher o convite de Deus, e se assim podemos dizer, com muita ousadia.
Lembro-me das palavras do Beato João Paulo II, um grande homem, que tinha uma opção especial pelos jovens, pela vitalidade que podiam oferecer ao Senhor em seu dia a dia, e dizia:
“Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade. Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade. Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man. Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
As vésperas da Jornada mundial da Juventude, que acontecerá em Madrid na Espanha, o encontro do Papa com os jovens do mundo inteiro, rogamos ao Espírito Santo, para que renove nos corações de nossos jovens o ardente desejo de ser discípulos e missionários de Cristo, para que Nele tenham vida, e vida em abundância. E que com este inflamado amor, seja sal e luz neste mundo, levando a outros a esta mesma experiência com o Cristo ressuscitado. E sobre a intercessão da Mãe de Deus, sintam-se acolhidos em suas necessidades e anseios, encontrando sempre no coração da Igreja esta experiência concreta do amor a Deus e ao próximo.
Arnaldo Rodrigues
Seminarista da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ

O SACERDÓCIO EM S. JOÃO CRISÓSTOMO


Crisóstomo tinha as coisas de Deus, como o amor, a preparação sacerdotal, a dedicação aos cargos da Igreja, em altíssima estima e considerava todas como algo que exigia muita preparação.
No dialogo de Crisóstomo com Basílio, com relação a recusa do cargo ao sacerdócio, ele esclarece que seu procedimento esteve bem longe das acusações recebidas de ter agido por ambição, soberba e orgulho. “Pois, no caso de mostrar o mesmo procedimento, quando me fosse apresentada a escolha entre o posto de geral ou rei, com razão poderiam suspeitar disso; mas, nesse caso, ninguém me acusaria de soberba, mas, muito pelo contrário, de loucura”.

Para Crisóstomo o sacerdócio é uma dignidade que supera a realeza muito mais do que o espírito a carne.  “Porventura não seria absurdo taxar de loucos os homens que recusam dignidades inferiores, acusando, ao mesmo tempo de soberba os que agem da mesma maneira com relação a dignidades muito mais altas? Isto seria mais ou menos o mesmo, como se considerássemos não soberbo, mas louco um homem que recusasse ser pastor de gado, - entretanto, consideraríamos não louco, mas soberbo, quem recusasse o domínio sobre o mundo e o comando supremo sobre todos os exércitos da terra”.

Não é assim, e, os que o afirmam, injuriam menos a mim do que a si próprios. Só o pensamento de ser possível à natureza humana desprezar tal dignidade já condena a todos os que assim opinam. Por isso se não considerassem o sacerdócio uma coisa bastante comum, nunca lhes teria surgido tal suspeita.

É interessante a comparação da dignidade sacerdotal que Crisóstomo faz com a dignidade dos anjos. Pelo fato de ele não ter aspirado ao sacerdócio foi acusado de soberba, mas ele se pergunta como fica isso em relação à dignidade angélica: “por que – com relação à dignidade dos anjos – nunca ninguém afirmou que o homem só por soberba não aspira a essa dignidade? Temos conceitos bem elevados sobre aquelas potências, e é justamente isso que nos impede de imaginar que um mortal possa aspirar a algo tão alto como essa dignidade”.

Assim, a acusação de soberba retorna para os acusadores, pois jamais teriam “julgado outros, se antes não tivessem considerado todo isso de somenos importância”. Percebe-se que por traz das acusações há uma grande ignorância quanto à dignidade sacerdotal. Por fim, a última acusa que podiam trazer foi de acusá-lo de ambição. Mas se Crisóstomo tivesse sido vítima dessa ambição com certeza teria aceitado a dignidade, muito antes de ter fugido dela.

Por quê? Por ter-lhe trazido muitas honras! O que aconteceu na escolha de Crisóstomo também nos nossos dias pode acontecer. Segue seu pensamento: “Pois o fato de eu – nesta idade, tão jovem, e tendo saído apenas recentemente das atividades profanas – lhes parecer tão estimável que preferiram a mim, dando-me mais votos do que a homens que já tinham dedicado toda uma vida à comunidade, teria criado para mim uma estima extraordinariamente grande e até a posição de um homem importante e digno de honra”. Mas Crisóstomo diz que, fora alguns poucos, a grande maioria da Igreja nem o conhecia de nome. Portanto, nem todos sabiam que recusou o cargo; apenas alguns poucos, e, destes, nem todos tinham conhecimento da realidade. Pelo contrário, ele pensava que a maioria achava que ele não tenha sido eleito, ou, que uma vez eleito, tenha sido rejeitado por incapacidade, mas nunca que voluntariamente se tenha sido esquivado.

Mesmo que a maioria ou a minoria tivessem conhecido a realidade, para Crisóstomo, nunca poderiam tê-lo acusado de ambição e soberba. Não só os que acusam, mas também os que suspeitam se colocam em grave perigo.

Através de seu esclarecimento Crisóstomo apresenta a essência do sacerdócio: “embora seja exercido na terra, possui ele contudo o caráter de instituição celeste... Pois nenhum homem, nenhum anjo, arcanjo ou outro poder criado, senão o próprio Paráclito instituiu esta função, encarregando homens de carne e osso a exercerem o serviço dos anjos. Pois isso é mister que, quem for sagrado sacerdote, seja puro como se estivesse no céu e no meio dos anjos”.

Oxalá isso fosse compreendido e vivenciado por todos os que foram constituídos na dignidade sacerdotal!

Há uma serie de funções que Crisóstomo apresenta comparando a grandeza do ministério presbiteral em relação ao sacerdócio do Antigo Testemanto: “Talvez mesmo as instituições de antes do tempo da graça já tenham incutido temor e tremor (Ex 28,2), assim como as campainhas, as pedrarias e anéis no peitoral e nos ombros, o efod e o Santuário em seu silêncio. Examinado, porém, o que a graça nos trouxe, constatamos que tudo isso perde de importância verificando-se, também nisso, o que Paulo disse sobre a Lei: ‘E diante desta glória eminente, o esplendor do primeiro ministério já não é mais glória’ (2Cor 3,10).

Crisóstomo fala do Santuário em seu silêncio! Mas hoje, onde podemos encontrar o silêncio nas nossas igrejas? Há uma grande dificuldade quando se quer ficar no recolhimento, no silêncio e na oração. Há Igrejas que parecem verdadeiras praças de recreação, parecidas com aquelas que Crisóstomo fala nas suas homilias, como lugar de entretenimento dos cidadãos dentro da cidade. Se insiste, e isso, até por parte de muitos presbíteros na Igreja, que as pessoas ao chegarem à Igreja e antes de começar a celebração olhassem para quem estiverem ao seu lado e se cumprimentassem. Esquece-se também algo muito importante, isto é, que há pessoas que vão a Igreja para procurar também um encontro íntimo e pessoal com o Senhor.

Aqui no Brasil, é um desafio para quem deseja chegar à Igreja pelo menos deis minutos antes da celebração para rezar. Só isso não é possível devido a falta de clima de recolhimento e oração. Deus não fala no barulho e na confusão. Todos os grandes Padres e Pastores da Igreja são unânimes que para escutar a voz de Deus se exige silêncio e recolhimento. 

A Instrução Geral sobre o “Missal Romano” chama atenção a toda a Igreja em relação ao silêncio e recolhimento antes de iniciar qualquer celebração: “Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares próximos, para que todos se dispunham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios” (n.45). Se depois de uma celebração os fiéis saem da Igreja do mesmo jeito, ou pior, será que isso terá algum sentido? Na celebração deve acontecer algo profundo e transformador no coração da comunidade, e isto, porque se há o contato do humano com o divino, ou seja, das pessoas com o mistério.       

“Pois, vendo o Senhor deitado como vítima e, em frente dele, o sacerdote rezando e tingindo a todos com este sangue precioso, porventura ainda pensas estar entre homens e nesta terra? Não te sentes, antes, ser arrebatado para dentro do céu? Acaso não atiras para longe qualquer pensamento carnal e não contemplas estas coisas celestiais com espírito puro e o coração sincero?”

Cada celebração é um grande milagre na comunidade. Para nos ajudar a compreender o que acontece na Santa Missa, Crisóstomo faz uma comparação com o culto de Elias. “Ainda queres ver em outro milagre a incomensurável santidade deste sacrifício? Lembra-te de Elias! Em redor dele, grande multidão! A vítima está em cima da pedra! Todos em grande silêncio! Só o profeta orando! Repentinamente cai fogo do céu, consumindo o holocausto (3Rs 18,38). Foi um milagre que despertou o espanto em todos”. Mais uma vez Crisóstomo destaca o momento do grande silêncio por parte de todos que estiveram ao redor de Elias em oração.

Trazendo para nossa celebração, o que acontece entre nós durante a celebração? “Aqui está o sacerdote, chamando não um simples fogo, mas o próprio Espírito Santo. Reza a grande prece, não para chamar fogo do céu que consuma a vítima, mas para que venha a graça de Deus e, por meio das ofertas do sacrifício, incendeie as almas de todos, a fim de que cheguem a brilhar mais claras do que prata purificada pelo fogo”.

Aqui está a essência e a grandeza do sacerdócio. “Alma humana alguma – conclui Crisóstomo – suportaria o peso deste sacrifício, caso o próprio Deus com sua graça poderosa não o fortalecesse”.

Irmã Ângela Maria Rodica TutasDoutora em Ciências Eclesiásticas Orientais
Professora de Patrística no Instituto Regional de Formação Presbiteral da CNBB Norte 2

quarta-feira

DIFERENÇA ENTRE IMAGEM E IDOLO

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DIFERENÇA ENTRE IMAGEM E IDOLO


Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: “Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta” (Hc 2, 19)
A Bíblia reza no livro de Josué: “Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel” (Jos 7, 6).
Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?
Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma “serpente” de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que “olhar” é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?

Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal “serpente” era o símbolo do Cristo crucificado: “Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem” (Jo 3, 14).
Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.

A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.

Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.
E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico…

Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus. (Ver a diferença entre os cultos de “latria”, “hiperdulia” e “dulia”).

Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia…
Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens
O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!
Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.
Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o “Bezerro de Ouro” como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam “semelhantes” a Deus, como afirmou S. Paulo: “já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.

As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.
O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.
Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

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RÁDIOS MÃE DE DEUS - CAXIAS DO UL - RS

Por Ele, com Ele e nEle: a penumbra do Mistério do Santo Sacrifício da Missa

Publicada por Daniel Pereira Volpato
Do Zelo Zelatus Sum publicamos um belíssimo trecho do livro JESUS, REI DE AMOR, do Pe. Mateo Crawley-Boevey, SS. CC. 


Alguns pontos a comentar:
  • a expressão "por Ele, com Ele e nEle" é uma tradução mais fiel aooriginal latino "per ipsum, et cum ipso, et in ipso", que, na tradução vigente no Brasil, aparece como "por Cristo, com Cristo e em Cristo";
  • a rubrica das cinco cruzes que o sacerdote realiza pertence ao Missal tridentino, atual Forma Extraordinário do Rito Romano.
Eis o trecho em questão (os grifos são da fonte original):
Para que se compreenda bem a imponente majestade da Missa, evocarei agora, cheio de emoção, um gesto do celebrante que resume admiravelmente todo o ideal de glorificação da Trindade pelo admirável Pontífice e Mediador da Santa Missa. Parece-me que nesse momento, mil vezes sublime, os nove coros dos Anjos, toda a assembléia dos Santos, e o Purgatório, circundando de perto o celebrante, bebem suas palavras e ficam suspensos a seus gestos, impregnados de divina majestade.
Pouco depois da consagração, o sacerdote, tendo na mão direita a Hóstia divina, traça com Ela cinco cruzes sobre o Preciosíssimo Sangue, dizendo: “Por Ele, com Ele e n’Ele, a Ti, Deus Pai Onipotente, na unidade do Espírito Santo, damos toda honra e glória!” e, com essas palavras, eleva ao Céu a Hóstia e o Cálice juntos.
Sublinhemos com ardor a grandeza inexprimível desse gesto, divino entre todos…
O próprio genial São Paulo, descendo do terceiro Céu, teria tido a eloquência necessária para explicar-nos toda a majestade dessa fórmula litúrgica, de infinita riqueza de significado?
Por Ele, o Homem-Deus de Belém, do Tabor e do Calvário, realmente presente nas mãos do padre, tal como estava presente nas mãos de Sua Mãe Santíssima…
Com Ele, o Homem-Deus crucificado, morto e ressuscitado… que subiu aos céus e está sentado, como Deus à direita do Pai, e a quem o Pai conferiu todo poder no céu e na terra…
N’Ele, o Homem-Deus, por Quem e para Quem tudo foi criado, que foi constituído Rei imortal, e que virá sobre as nuvens do céu, como Juiz, a julgar os vivos e os mortos…
Sim: por Ele, com Ele e n’Ele, glória infinita à Trindade adorável e augusta!
Se neste momento lhe fora milagrosamente revelado, em clarão divino, toda a significação desse gesto, morreria o celebrante, não de temor, porém de emoção e júbilo!
Somente à Virgem-Mãe coube o insigne privilégio de antecipar-se ao padre, mediante a oblação por Ela feita do Filho ao Pai, em Belém, no templo de Jerusalém, e no Calvário.
Não é, pois, exato ser a Santa Missa o hino oficial de glória, único digno da Trindade augusta?
E nessa ordem de idéias, saboreemos deliciosamente a magnífica estrofe desse hino, pelo próprio Cristo ensinando aos apóstolos, e tal como Ele o canta no Altar, pela voz e liturgia da Igreja: “Pai nosso que estais no céu… Pai santificado seja o Vosso nome!… Pai, venha a nós o Vosso reino!… Pai, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu!…”
Consideremos que o orante que assim reza é o próprio Verbo Encarnado, o Filho de Deus e de Maria Santíssima, que no Altar exalta a glória d’Aquele que é Seu Pai e nosso Pai!
Podemos pois afirmar que a criação do Universo, tirado do nada, é apenas pálida centelha de glória, quando comparada à glória que Jesus, Grão-Sacerdote, rende no Altar às Três Pessoas da Trindade augusta.
E agora, fixos o olhar e o coração no Gólgota do Altar, façamos uma audaciosa hipótese, legítima e verossímil criação de nossa fantasia… o próprio Senhor a utilizou para pintar os inimitáveis quadros de Seus discursos figurados e de Suas incomparáveis parábolas.
Suponhamos que, desde os tempos dos imperadores romanos Augusto e Tibério, já tivessem sido descobertos e vulgarizados os maravilhosos aparelhos de televisão, com aperfeiçoamento ainda maior que os de hoje. (Como atualmente, diria o Pe. Mateo). E suponhamos que César, informado por seus agentes acerca da emoção produzida na Palestina pela prédica de Jesus, e sobre a resolução do Sinédrio de fazê-Lo morrer, houvesse ordenado a Pilatos o envio a Roma, juntamente com os autos do processo, de um filme do drama da crucifixão do pretenso Rei dos Judeus.
Qual não seria nossa indizível emoção se esse filme sonoro-visual, reprodução exata, fotográfica, do deicídio da Sexta-feira Santa, nos fosse exibido nas igrejas, antes do Santo Sacrifício da Missa! Tal filme seria uma visão autêntica, de ordem natural e científica, do divino drama da nossos altares. Ele nos permitiria ouvir as sete palavras de Jesus, e também as blasfêmias pronunciadas pelos inimigos diante da vítima adorável. Veríamos com os próprios olhos o que viram as três testemunhas fiéis, Maria, João e Madalena, desde o meio-dia até as três horas da tarde.
Pois bem: infinitamente maior do que tudo isto é a maravilhosa realidade que, através do fino e transparente véu, nos mostra a Fé, incapaz de nos enganar, quando, bem instruídos e piedosos, assistimos ao Santo Sacrifício! o filme teria apresentado um fato passado, tal como o santo sudário de Turim, ao passo que a Santa Missa nos oferece uma realidade atual e presente!
Essa mesma Missa, renovada, reproduzida, prolongada, através do tempo, constitui essencialmente nossa Missa quotidiana… Mais uma vez insistimos: não se trata de um belo símbolo religioso, ou de um filme admirável tirado, digamos, pelos Anjos: trata-se da admirável e divina realidade do Calvário, exatamente reproduzida no Altar, exceto a dor e o derramamento de sangue, pois a Vítima eucarística é hoje impassível, porque gloriosa.
É nesses princípios que se baseia o Concílio de Trento ao declarar que o Santo Sacrifício realiza, antes de tudo, uma obra de estrita justiça, resgatando as nossas faltas com o “Sangue do Cordeiro que apaga os pecados do mundo”.
É fato verificado, de ordem sobrenatural, que o Santo Sacrifício nos salva, aplacando a Justiça divina quando oferece, no Cálice, o preço já oferecido no Calvário. Sem tal resgate – único adequado – não teriam remissão os nossos delitos. Felizmente para nós, porém, Jesus morreu exclamando: “Pai, perdoa-lhes!”
Uma vez consumada a obra de rigorosa justiça, irrompe a misericórdia como sol fulgurante. Firma-se a reconciliação entre o céu e a terra revoltada… Deus, porém, exige a constante aplicação do Sangue redentor às cicatrizes de nossas almas pecadoras, o qual, derramado outrora no Calvário, enche agora o Cálice do Santo Sacrifício!
É de toda conveniência salientar com nitidez a diferença entre o Gólgota de Jerusalém e o Calvário de nossos Altares. Este é um Tabor glorioso, embora sempre purpureado de um sangue adorável… Digo, “glorioso” pois a Vítima que se imola é o Homem-Deus ressuscitado, vencedor da morte na madrugada do Domingo de Páscoa.
Ao mesmo tempo que Tabor, o Altar é também legítimo Calvário, radioso porque revestido dos esplendores da Ressurreição.
Ah! se não existisse o véu discreto do Mistério, nem mesmo o Santo Cura d’Ars teria ousado celebrar o Santo Sacrifício… e Santa Teresinha de Lisieux teria hesitado em aproximar-se da Mesa Santa, de tal modo a glória do Senhor ofusca, aos olhos dos Anjos, o celebrante e os fiéis. Assim, graças a penumbra do Mistério, torna-se o Altar acessível, e até convidativo, embora esteja muito mais perto do Céu que o próprio Sinai.
Assim compreendida, a oração oficial do Cristo Mediador durante a Missa é a única que tem o poder de atravessar as nuvens, indo atingir e empolgar o Coração do Pai… Esta súplica é verdadeiramente uma onipotência, pois que jorra do próprio Coração de Jesus, Mediador todo-poderoso. É Ele mesmo quem no-lo declara: “O Pai me ouve sempre!” Quando Ele reza, Ele ordena. Sua palavra realiza o que pede, pois Ele é Deus! Eis porque nossa primeira oração espontânea, nas visitas ao Santíssimo Sacramento, na adoração eucarística ou quando fazemos adoração noturna no lar, e sobretudo quando assistimos ao Santo Sacrifício, deveria ser sempre o “Cânon” da Missa, fórmula litúrgica mil vezes sagrada e venerável, por seu conteúdo dogmático e por sua antiguidade. Poderíamos desta forma unir-nos, em todas as horas do dia e da noite, aos milhares de celebrantes que elevam, como rutilante arco-íris, a Hóstia e o Cálice… E por meio deste tão simples impulso do coração, realizaríamos esplendidamente o “Glória a Deus nas alturas” dos Anjos, na noite de Natal.

Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento - modo correto de realizar

 

Convém, antes de tudo, notar que a adoração ao Santíssimo NÃO é um ato litúrgico. Ela pode ser INSERIDA em um ato litúrgico, isso sim.

Tanto é verdade que se pode adorar o Santíssimo no tabernáculo, em uma visita eucarística etc.

Pois bem, passemos aditante.

O Rito da Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, previsto no Ritual Romano, consta de duas formas: a exposição simples e a exposição solene. Diferem-se porque a simples é feita com o Santíssimo no cibório, enquanto a solene é feita com o Santíssimo no ostensório, e também porque a solene pede pluvial, enquanto a simples não. Na forma solene, o incenso é obrigatório. Na simples, facultativo.

Em ambas as formas, segue-se o mesmo esquema: exposição, adoração, bênção, reposição.

A exposição simples pode ser feita por um sacerdote, por um diácono, ou, em casos extraordinários, por um leigo. Sendo feita por um leigo, não dá a bênção, terminando o rito com a mera reposição.

Já a exposição solene só pode ser feita por sacerdote e diácono.

Servem ao ministro da exposição alguns acólitos, idealmente, na forma solene, em número de três (podendo ser dois ou até um, em caso de necessidade).

O sacerdote e o diácono, ministros ordinários da Exposição do Santíssimo, usarão ou ALVA (com ou sem CÍNGULO, com ou sem AMITO), caso não estejam de veste talar, ou, quando com ela estiverem, vestirão por cima a SOBREPELIZ. Quer usem alva, quer usem veste talar com sobrepeliz, sempre estarão com a ESTOLA de cor branca. A veste talar do Bispo pode ser tanto a violeta quanto a preta com faixa violeta.

No fim da adoração, o sacerdote e o diácono vestirão o PLUVIAL de cor branca e, se for Exposição Solene, i.e., com ostensório, usarão o VÉU UMERAL, também branco, para segurá-lo ao dar a bênção. Na Exposição Simples, com cibório, não estará o ministro ordinário de pluvial, apenas com o véu umeral. Também se usa véu umeral para buscar o Santíssimo Sacramento quando se encontrar em outro local que não o da Exposição. Em qualquer procissão com o Santíssimo Sacramento no ostensório, o sacerdote ou diácono usará o pluvial.

O acólito, quer atue como auxiliar do ministro ordinário, quer como ministro extraordinário – nos casos previstos pela lei litúrgica –, usará ou a alva (e o cíngulo e o amito) ou a sobrepeliz sobre a veste a talar. Os demais leigos podem tanto vestir-se como o acólito, quanto se apresentar com sua roupa civil comum, mas adequada à solenidade da celebração litúrgica, ou ainda usar uma veste litúrgica aprovada pelo Ordinário.

Com base na Exposição Solene, sabe-se como fazer a simples, eis que basta tirar a obrigatoriedade do incenso, não usar pluvial, e mudar o ostensório pelo cibório.

Rito explicado da Exposição Solene

1. Exposição: O ministro, de alva e estola (ou batina, sobrepeliz e estola) abre o sacrário, com toda a reverência, e todos se ajoelham, em adoração ao Santíssimo Sacramento. Os acólitos vão ao seu lado. Entoa-se um canto eucarístico (exemplo: Ave verum Corpus, ou as primeiras estrofes do Pange Lingua, ou o Adoro te devote etc), enquanto o ministro coloca o Santíssimo Sacramento no ostensório, e este no local apropriado (um trono ou sobre o corporal que estará aberto no altar). O Santíssimo Sacramento é incensado, conforme o rito aprovado no Ritual Romano. O ministro, com o ministro e os acólitos versus Deum.

2. Adoração: O ministro e os acólitos podem ficar em adoração, mas sempre versus Deum, não "escondidos" atrás do altar, versus populum. Podem também se retirar. A adoração é livre: pode-se rezar o terço, ficar em silêncio, ler o Evangelho, fazer uma meditação, pregar, cantar, louvar etc. Geralmente é a parte do rito em que as características próprias de uma espiritualidade específica são postas "em prática". Pode-se também rezar um ofício da Liturgia das Horas, mas nunca, no rito romano moderno, a Santa Missa. Finda a adoração, o ministro e os acólitos se aproximam para rezar em silêncio. O ministro estará com o pluvial por cima das demais vestes.

3. Bênção: Todos cantam, de joelhos, diante do Santíssimo Sacramento, um hino eucarístico, de preferência o Tantum Ergo (i.e., as duas últimas estrofes do Pange Lingua), quer uma das suas melodias gregorianas, quer uma versão do mesmo hino em polifonia, quer ainda sua versão popular (em latim ou vernáculo). Na segunda estrofe, o ministro levanta-se e incensa o Santíssimo Sacramento, com o auxílio do acólito, se houver. Os demais fiéis permanecem de joelhos. Depois de incensar e cantar o Tantum Ergo, o ministro diz: "Do céu lhes destes o pão." E todos respondem: "Que contém todo o sabor." E o ministro: "Oremos: Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento...", terminando com "Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos", ao que todos respondem: "Amém." O acólito coloca o véu umeral no ministro, por cima do pluvial. Segurando o ostensório com o véu umeral, o ministro, auxiliado pelo acólito, abençoa a todos com o Santíssimo Sacramento, que é incensado segundo as rubricas. Em seguida, podem-se rezar preces conforme a devoção pessoal ou estiver estabelecido a conferência episcopal: no Brasil, reza-se o "Bendito seja Deus", em português ou latim. Nessas preces, o ministro fica, novamente, ajoelhado.

4. Reposição: O ministro e os acólitos se levantam. O ministro, então, abre a luneta do ostensório, e pega o Santíssimo, colocando-o no cibório, e guardando-o no tabernáculo, enquanto se pode cantar um canto eucarístico (por exemplo, o Adoremus in aeternum)

Velas

No mínimo duas, mas o normal são quatro para a exposição simples e seis para a solene.

Pode-se apagar a luz, mas vejo sentido e vai contra a tradição litúrgica romana, além de criar um clima "emocional" demais. As trevas são características do Ofício de Leituras e Laudes celebrados conjuntamente na Quinta, Sexta e Sábado Santos, não da Exposição. Mas, se for pastoralmente conveniente, as rubricas não proíbem.

Presença do ministro durante a adoração no Rito

A exposição solene (i.e., com ostensório) é feita SEMPRE por diácono ou sacerdote. Mas ele não precisa ficar todo o tempo na adoração. O diácono ou sacerdote expõe, depois pode se retirar, e volta só na hora da reposição. Na adoração perpétua, essa reposição é feita por ocasião da Missa, se houver, ou quando não tiver mais ninguém em oração, ou ainda em momento determinado pelos costumes locais.

Procissão com o Santíssimo

Se houver procissão do Santíssimo, ela é feita antes da bênção, como forma de adoração, ou mesmo depois da bênção. O primeiro caso é o mais comum. Se o Santíssimo está em outro local, a procissão é o tempo que decorre de sua retirada até a colocação em exposição para adoração. Todas essas formas são lícitas.

Mas é preciso atentar para uma coisa. Se na exposição sem procissão, o padre vai até o tabernáculo que está no próprio local e retira o Santíssimo para colocar no ostensório, sem estar com pluvial nem umeral (apenas alva e estola, ou batina, sobrepeliz e estola), no caso de estar o Santíssimo em outro local, já que há procissão, ele estará, desde o início dela, com pluvial e umeral. Não basta só um deles. Nem se pode deixar os dois. O mesmo para procissões antes ou depois da bênção: procissão eucarística sempre é com pluvial e umeral.

Pode-se fazer em locais fechados ou abertos.

Umbela e baldaquino

A sombrinha é a umbela (isso, sem o "r", mas a origem etimológica é a mesma), também chamada pequeno pálio. Já a cobertura maior, com as hastes laterais, é o baldaquino móvel, dossel ou grande pálio.

É obrigatório quando a procissão é feita em local aberto. Facultativa em local fechado.
 
 
 

Benção do Santíssimo Sacramento

V.: Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI.
R.: o Senhor o guarde e lhe conceda longa vida, torne-o feliz na terra e não o deixe cair sob a ira dos seus inimigos.

V.: Tu és Pedro (aleluia).
R.: E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (aleluia)

Oremos: Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai propício para o vosso servo o Papa Bento XVI, que constituístes pastor de vossa Igreja. Concedei-lhe, vos suplicamos, a graça de edificar seus súditos com suas palavras e exemplos, a fim de que, com o rebanho que lhe foi confiado, alcance a vida eterna. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.

V.: Oremos por nosso bispo Dom...
R.: Que ele permaneça firme e apascente o seu rebanho na vossa fortaleza, Senhor, na sublimidade de vosso nome.

V.: Tu és sacerdote para sempre, (aleluia).
R.: Segundo a ordem de Melquisedeque.

Oremos: Ó Deus que velais sobre o vosso povo com bonda­de e o conduzis com amor, dai o Espírito de sabedoria e a abundância de vossas graças a vosso servo Dom..., nosso prelado, a quem confiastes o cuidado de nossa direção espiri­tual, para que ele cumpra fielmente junto de nós os deveres do ministério sacerdotal e receba na eternidade a recompen­sa de um fiel dispensador. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.

TÃO SUBLIME SACRAMENTO
(ao iniciar o canto, se incensa o Santíssimo)

Tão sublime sacramento
adoremos neste altar.
Pois o Antigo Testamento
deu ao novo o seu lugar.
Venha a fé, por suplemento
os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador:
ao Espírito exaltemos,
na Trindade eterno amor;
Ao Deus Uno e trino demos a alegria do louvor. Amém.

V.: Do céu lhes destes o Pão. (aleluia)
R.: Que contém todo sabor. (aleluia)

Oremos: Deus, que neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos tal vene­ração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos sécu­los.
R.: Amém.

Com o véu umeral o Ministro Ordenado traça sobre nós o sinal da cruz, depois volta a ajoelhar-se e reza assim:  


Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendita seja o nome de Maria Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

Deus e Senhor nosso protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos, sobre o nosso santo padre, sobre o nosso bispo, sobre o nosso Pároco, sobre todo clero, sobre o chefe da Nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade, o Brasil, a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular, e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se reco­mendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o des­canso e a luz Eterna.

Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai.




Hinos para a Adoração ao Santíssimo Sacramento
GLÓRIA A JESUS NA HÓSTIA SANTA Glória a Jesus na Hóstia Santa, que se consagra sobre o altar;/ E aos nossos olhos se levanta para o Brasil abençoar.
Que o Santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus,/ Seja adorado e seja amado nesta terra de Santa Cruz.
Glória a Jesus, Deus escondido, que vindo a nós na comunhão,/ purificado, enriquecido, deixa-nos sempre o coração.
Podes Reinar
Senhor, eu sei que é teu este lugar, todos querem te adorar, toma Tu a direção. Sim ó vem ó Santo Espírito espaços preencher. Reverência a Tua Vós vamos fazer.

Podes reinar Senhor Jesus, ó sim. o teu poder teu povo sentirá, que bom,
Senhor, saber que estás presente aqui. Reina Senhor, neste lugar.

Visita cada irmão, ó meu Senhor, dá-lhe paz interior e razões pra te louvar. Desfaz todas tristezas. Incerteza, desamor, glorifica o teu nome, ó meu Senhor.

BENDITO,LOUVADO SEJA

Bendito, louvado seja (bis)
o Santíssimo Sacramento (bis)

Os anjos, todos os santos (bis)
louvem a Deus para sempre amém (bis)

Ó fica comigo, Jesus Salvador/ no Sacramento, Eterno Amor.

LENTA E CALMA

Lenta e calma sobre a terra, desce a noite e foge a luz/ Quero agora despedir-me, boa noite, meu jesus.
Ó, Senhor, dai-nos a benção e do mal que nos seduz/ Aos meus pais e a mim guardai: boa noite, meu jesus.
A teus pés, ó Virgem pura, peço a benção maternal./ Boa noite, Mãe querida, boa noite, meu Jesus.
FIZESTE-NOS, SENHOR, PARA VÓS
Fizeste-nos, Senhor, para vós, e o nosso coração está Inquieto,/ enquanto não descansar em vós, Senhor/ enquanto não descansar em vós.
Antes de tudo, meus caríssimos irmãos/ a Deus amemos e ao próximo depois,/ pois estes são os principais mandamentos/ que do Senhor Jesus, nós todos recebemos.
Primeiramente, isto é o que vos prescrevemos/ a todos que em comunidades vos reunis/ vivei unidos no amor, numa só casa/ numa só alma e num só coração.
PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ
Prova de amor maior não há,
que doar a vida pelo irmão.

Eis que Eu vos dou o Meu novo mandamento:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

Vós sereis os meus amigos, se seguirdes Meu preceito:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

Permanecei em Meu amor e segui Meu mandamento:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

ORAÇÃO VOCACIONAL
Senhor Jesus Cristo, que inspirastes a Santo Agostinho o desejo de vos servir fielmente como religioso e sacerdote. Te pedimos, que infundas nos corações dos jovens o desejo de seguir teus passos, para servir a ti e a tua Igreja, levando ao mundo o teu Nome e a tua Mensagem.  Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
ORAÇÃO PELOS MEMBROS DA CONFEDERAÇÃO DOS CÔNEGOS REGULARES DE SANTO AGOSTINHO
Ó  Deus que chamastes Santo Agostinho das trevas do erro para ser luz de tua Igreja, te pedimos por nós, membros da grande família canonical regular, que sintamos o Dom de tua alegria que move nossos corações para aproximar-se mais perto de ti. Te pedimos, por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.